A estomatite refere-se a inflamações que surgem na boca ou na cavidade bucal. Originado da palavra grega “stoma”, que significa “boca”, o termo “estomatite” descreve um processo inflamatório comum nessa região.
Essas inflamações podem ocorrer em pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, embora sejam mais prevalentes na infância, especialmente nos primeiros anos de vida, afetando os tecidos moles da boca até a garganta.
A estomatite infantil, como o próprio nome sugere, é mais comum em crianças, sendo mais frequente nos primeiros anos de vida. Por outro lado, a estomatite em adultos é mais complexa, podendo ter várias causas subjacentes.
Existem vários tipos de estomatite, incluindo:
- Estomatite aftosa: caracterizada por úlceras dolorosas na mucosa oral, conhecidas como aftas, que geralmente surgem na língua, bochechas e lábios;
- Estomatite herpética: causada pelo vírus herpes simplex, manifestando-se inicialmente por bolhas que evoluem para úlceras, principalmente nos lábios;
- Estomatite viral: resultante de infecções virais, sendo a forma mais comum de estomatite;
- Estomatite angular: caracterizada por irritação e fissuras nos cantos da boca;
- Estomatite nicotínica: causada pelo tabagismo, levando ao surgimento de pápulas avermelhadas no palato;
- Estomatite vesicular: uma infecção viral que afeta animais e ocasionalmente humanos, manifestando-se de forma semelhante à gripe;
- Estomatite protética: afeta pessoas que usam próteses dentárias mal adaptadas, favorecendo infecções por fungos e bactérias;
- Estomatite moriforme: uma lesão fúngica na mucosa oral, resultando em inchaço e pontos pontiagudos;
- Estomatite ulcerativa: uma infecção que causa úlceras na mucosa oral;
- Estomatite gangrenosa: resultante de desnutrição ou doenças debilitantes, levando a ulcerações nos tecidos moles da boca.
A estomatite é mais comum em crianças, especialmente entre dois e cinco anos de idade, devido ao contato próximo com outras crianças na escola. Em adultos, pode ocorrer devido a várias causas, sendo mais prevalente em pessoas imunodeprimidas ou que usam próteses dentárias mal adaptadas.
As causas da estomatite incluem lesões na boca, reações alérgicas, infecções virais, bacterianas e fúngicas, tabagismo, cárie dentária, gengivite, uso de aparelhos dentários ou próteses dentárias mal adaptadas, consumo excessivo de álcool, ingestão de alimentos quentes, higiene oral deficiente e certas doenças sistêmicas que afetam a imunidade.
Os sintomas da estomatite incluem vermelhidão e inchaço nos tecidos moles da boca, presença de aftas, aumento dos gânglios linfáticos, febre, falta de apetite, dificuldade em comer, dor na boca, sensação de queimadura, erupções arredondadas, bolhas que se rompem e causam úlceras, irritabilidade e dor de cabeça.
O diagnóstico da estomatite é feito por um médico dentista, pediatra ou clínico geral, através de um exame físico e, se necessário, exames adicionais para determinar a causa subjacente.
O tratamento da estomatite envolve principalmente o uso de medicamentos para aliviar os sintomas, como anti-inflamatórios, analgésicos, antivirais, antifúngicos e antibióticos, dependendo do tipo e gravidade da condição. Além disso, é importante manter uma boa higiene oral, evitar alimentos irritantes e manter-se hidratado.
Em resumo, a estomatite é uma condição comum que afeta a boca e a cavidade bucal, podendo ocorrer em pessoas de todas as idades. O tratamento adequado pode aliviar os sintomas e promover a cura, mas é importante consultar um profissional de saúde para um diagnóstico e tratamento adequados.