É crucial abordar a gengivite logo em seu estágio inicial, pois ela pode progredir para a periodontite e ocasionar a perda de dentes.

A inflamação na gengiva é um dos problemas mais frequentes relacionados à saúde bucal dos brasileiros. Por esse motivo, é de suma importância compreender como prevenir esse problema e como tratar a gengivite, evitando complicações futuras.

Embora possa afetar crianças e jovens, as doenças inflamatórias na gengiva tendem a incidir mais na população adulta, aumentando à medida que envelhecemos. Além disso, os diabéticos têm maior propensão a desenvolver esse problema, devido à predisposição a inflamações.

A gengivite é uma condição bucal caracterizada pela inflamação na área da gengiva próxima aos dentes. Geralmente, essa inflamação surge devido à escassez de escovação e uso de fio dental, o que promove o acúmulo de placa bacteriana e bactérias causadoras de infecções.

Essa inflamação é considerada o estágio inicial de uma série de problemas que, se não forem tratados, podem levar à perda dos dentes, como no caso da periodontite. Esta última é uma condição inflamatória mais profunda, atingindo os tecidos e ossos que sustentam os dentes.

Por isso, é tão crucial saber como tratar a gengivite e agir o quanto antes. A boa notícia é que, ao realizar o tratamento e manter uma higiene bucal adequada, é possível curar facilmente a inflamação.

Causas

Para tratar a gengivite de maneira eficaz, é vital compreender exatamente o que desencadeia esse processo inflamatório. Como mencionado, a gengivite resulta do acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes, favorecendo a multiplicação de bactérias e a formação de tártaro.

Após a ingestão de alimentos, resíduos ficam depositados nos dentes. Na ausência de escovação, as bactérias naturalmente presentes na boca começam a se multiplicar excessivamente, alimentando-se desses resíduos.

Concomitantemente, enquanto se alimentam, as bactérias liberam substâncias agressivas, desencadeando um processo inflamatório pelo sistema imunológico. Portanto, a falta de escovação ou uma higiene dental inadequada é a principal causa da gengivite.

Como mencionado anteriormente, pessoas diabéticas têm maior suscetibilidade à gengivite, devido aos elevados níveis de glicose no sangue, prejudicando a circulação nas gengivas e dificultando a cicatrização, favorecendo processos inflamatórios. O mesmo pode ocorrer com mulheres grávidas e em outras condições que provocam alterações hormonais.

No entanto, é crucial compreender que a gengivite não é uma consequência garantida em pessoas diabéticas ou em gestantes. Existe apenas um risco maior, mas com uma higiene bucal adequada, esse risco é bastante reduzido.

Existem Tipos Distintos de Gengivite?

Apesar dos casos mais comuns de gengivite estarem relacionados ao acúmulo de placa bacteriana, abordaremos esses casos neste artigo. Além disso, outros tipos de gengivite podem surgir nos pacientes, incluindo:

Gengivite alérgica: provocada por reações alérgicas do paciente; Gengivite associada a outras doenças: problemas como herpes labial podem associar-se ao surgimento da gengivite; Gengivite ulcerativa necrosante: manifestação mais rara e grave da gengivite, em que a região das gengivas próxima dos dentes sofre desgaste, gerando o surgimento de úlceras. Como Tratar a Gengivite? Quais São os Principais Sintomas da Gengivite? Nos casos mais comuns de gengivite, os principais sintomas incluem:

Vermelhidão e inchaço nas gengivas; Sangramento durante a escovação ou uso do fio dental; Sensibilidade e dor nas gengivas; Halitose frequente; Recessão gengival; Formação de “bolsas” entre os dentes causadas pelo acúmulo de placa bacteriana. É importante ressaltar que os sintomas se intensificam à medida que o processo inflamatório se agrava. Inicialmente, essa condição bucal pode começar de forma discreta, muitas vezes passando despercebida.

Com o passar do tempo, a inflamação torna-se mais grave, e os sintomas tornam-se mais evidentes. Se os sinais não forem identificados e o tratamento adequado não for realizado, a tendência é que a condição se agrave, evoluindo para a periodontite.

Qual o tratamento da Gengivite?

Antes de abordarmos o tratamento da gengivite, é fundamental reforçar que essa condição pode ser prevenida com uma boa higiene bucal. Manter uma escovação completa após as refeições, ao acordar e antes de dormir, incluindo a limpeza das gengivas, céu da boca e língua, é crucial para prevenir a doença.

Quando diagnosticada, a gengivite é tratada removendo-se as placas bacterianas e o tártaro (raspagem). Os dentes e raízes são tratados com uma limpeza manual ou com o uso de um aparelho de ultrassom. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para facilitar o acesso do dentista às raízes dos dentes.

No entanto, quando a inflamação é identificada em estágios iniciais, pode ser possível tratar a gengivite utilizando cremes dentais e enxaguantes bucais específicos. Eles combatem as bactérias e possuem propriedades anti-inflamatórias, auxiliando na recuperação dos tecidos.

Quais as Consequências Se a Gengivite Não For Tratada?

Como observado, a gengivite é o estágio inicial das doenças que afetam as gengivas e os tecidos de sustentação dos dentes. Também foi mencionado que a doença se inicia de maneira discreta e sutil, porém, se não for tratada, evoluirá para complicações graves.

Portanto, se a gengivite não for tratada, os sintomas tenderão a se intensificar progressivamente. O problema, antes localizado em uma região específica da boca, pode disseminar-se para outras áreas e aprofundar-se, afetando até mesmo os ossos.

Quando a gengivite evolui para periodontite, os tecidos de suporte dos dentes começam a deteriorar-se. Com o tempo, ocorre a perda desses tecidos, e os dentes, anteriormente fixos, tornam-se frouxos e caem.

É importante ressaltar que, embora seja possível tratar a gengivite e curar o problema permanentemente, esse não é o caso da periodontite. Essa condição é crônica e requer acompanhamento contínuo ao longo da vida. Portanto, a prevenção é a melhor abordagem.

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