A anquiloglossia, mais conhecida como língua presa, é uma condição em que o frênulo lingual, a estrutura abaixo da língua, é mais curta do que o normal, o que pode dificultar o movimento durante a fala.

Embora seja mais comum do que se imagina, a identificação precoce desse problema é crucial para intervenções adequadas. A Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (COCAM) publicou uma nota técnica em 2014 com diretrizes para a avaliação do frênulo lingual em recém-nascidos.

Para detectar a língua presa em bebês, é importante observar alguns sinais, como dificuldade em movimentar a língua para cima, para os lados ou para fora da boca, além de problemas na amamentação e na fala. Em crianças mais velhas ou adolescentes, dificuldades na articulação de certos sons também podem ser indicativos.

A língua presa é geralmente causada por uma condição genética que afeta o desenvolvimento fetal. Pode haver uma predisposição hereditária, com genes transmitidos ao longo das gerações familiares.

O tratamento da língua presa é recomendado principalmente quando há dificuldades significativas na fala ou na alimentação. Duas opções comuns são:

  • Frenotomia: um procedimento cirúrgico realizado em recém-nascidos para liberar o frênulo lingual, facilitando a amamentação. É geralmente realizado por um pediatra e visa evitar complicações na alimentação.
  • Frenuloplastia: uma cirurgia indicada após os seis meses de idade, que envolve reconstruir o músculo da língua sob anestesia geral em um ambiente hospitalar. Este procedimento é mais complexo e é reservado para casos em que a frenotomia não é viável ou eficaz.

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